Imaginares
uma exteriorização de mim
considerações.   categorias.   arquivos.   link me.   álbum.  

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Do 
    morro
            dá
                para
                       ver
                            a
                              beleza
                                       da cidade.
                                       Da cidade
                                       não se vê 
                                       o morro.
                                       Só se vê
                                       a beleza
                                       da cidade.


Texto: Dantas

Marcadores:


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Que chato que algumas coisas só funcionam bem em filmes... Mas não é por isso mesmo que procuramos vê-los - pela beleza e magia que não se encontra na vida real? Peraí, não se encontra ou não procuram e deixam passar batido? Mas sério, seria tão legal que algumas coisas acontecessem como nos filmes e fossem bem quistas. Como em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain quando Amélie resolve ajudar as pessoas criando situações que todos acreditam ser milagres ou alguma mágica nas suas vidas.Uma pessoa como Amélie, na vida real, seria tachada de louca e muitas afastariam-se dela alegando constrangimento. Quem dera que sempre quando chamassem os outros de loucos fossem pelos motivos que Amélie dá.

E tem também Severin, a dominatrix do filme Shortbus(que pra quem nunca ouviu falar tem esse link aqui, porque me reservarei a falar apenas da Severin e, vou logo adiantando, não se animem, porque a personagem em si não traz nada de espetacular. Nem o filme é tão surpreendente quanto pensa que é), cuja vida social é um desastre, e talvez por isso ela carregue sua polaroid pra cima e pra baixo, fotografando estranhos em seus momentos mais vulneráveis, diante dela. Quando a foto é revelada, ela escreve um fragmento de sua interpretação sobre aquela pessoa - uma palavra que a define naquele instante, para ser mais objetivo.
 
Uma das cenas é essa da foto que ilustra o post, quando uma senhora aparentemente elegante tenta pegar uma coisa que deixou cair em um bueiro. Severin está passando, para e fotografa a senhora naquela posição humilhante e depois escreve "Bad day" na foto, atrás/acima da velha. Numa outra cena, trancada num armário com um ex-garoto de programa, que lhe confidencia que o maior preço que já pagaram por ele foi $ 389 dólares, Severin captura-o nesse instante e escreve $ 389 ao lado de seu rosto, na foto, e lhe entrega. Daí ela comenta que aquela é a sua arte. E sabe, isso é tão bonito.

Desde muito tempo eu penso em fazer algo parecido.Mesmo antes de ver o filme. O que eu pensava em fazer era uma foto de alguma parte do corpo da pessoa , conhecida ou estranha, num momento interessante e especial, para lembrar depois. Por exemplo: poderia fazer uma foto dos sapatos, de um anel no dedo, de algum objeto que ela segurava na hora em que me disse algo marcante...Daria um close em um detalhe que chamasse a minha atenção e teria uma lembrança intensa daquele momento. Mas nunca me dispus a fazer isso. Acho que tem faltado momentos interessantes também. Ah! E uma câmera que não ocupe muito espaço e que seja ao mesmo tempo boa.

Também já pensei em um caderno de recordações, com fotos desse tipo e frases legais ouvidas de recém-conhecidos ou de qualquer um por aí, que eu considerasse singular. Ou poderia ser também uma caixinha que guardaria objetos que representaram também algum  momento significativo. Por exemplo: Conheço uma pessoa numa sorveteria e ela é aquele tipo de pessoa que te consquista no primeiro papo - inteligente, bonita e te surpreende com coisas que você adora. Eu pegaria a pazinha de sorvete dela e colocaria na caixinha, quando chegasse em casa. Seria um jeito bonito de lembrar daquele dia, de levar uma parte dele para a posteridade.

Mas esse, com certeza, seria um hábito que daria motivos para me tacharem de louco e me olharem com cara de pouco amigo(e quem liga?) ou pior, imaginem a cena: eu peço algo, um objeto, papel, qualquer coisa pra eu recordar daquela pessoa e ela pensa que sou um maníaco obcessivo que está apaixonado e quer ter algo seu porque nao consegue mais viver longe dela, e - meu Deus! - é claro que não é isso. Ou pior ainda: e se pensam que é para macumba, simpatia, essas coisas? Sim, porque é a primeira coisa que passa pela cabeça de muita gente. Muita gente neurótica, claro. Por isso, é melhor esperar a oportunidade certa e pegar uma coisa assim - ao natural - como a pazinha de sorvete. Mas se a pessoa não for do tipo neurótica, eu me permito pedir e vou ser feliz.

Abaixo, um exemplo de como Severin faz com suas fotos no filme:


Peguei essa foto de um amigo meu que no instante da fotografia estava cantando alguém do outro lado da linha ao mesmo tempo que tentava seduzir a pessoa que o fotografou. Então, usei a palavra 'galanteador' de uma forma irônica, para brincar com suas tentativas toscas de sedução. :c)


Foto 2 e texto: Dantas

Marcadores: ,


quarta-feira, 11 de agosto de 2010


 Cidade grande? Edifícios no horizonte? Não. É só uma conversa de MSN selecionada, invertida e editada. :c)


Ilustração e texto: Dantas

Marcadores: ,


terça-feira, 10 de agosto de 2010


A fotografia em minha vida

Queria poder mirar a câmera em algo que acho bonito e fazer a foto sair como realmente vejo e sinto aquilo, sabe? Mas não é bem assim na prática. E é por isso que vou sair por aí, com a câmera tosca de meu Smartphone para ver o que faço com o que tenho por aqui, porque a cidade e suas paisagens não ajudam, meus amigos não ajudam e tirar fotos de mim mesmo em frente ao espelho exibindo a marca de meu celular e/ou com o braço direito sempre esticado à mostra nas fotos não me parece nada bonito.
Enfim…

A foto: Meu cachorrinho, Black - um dacshund, sendo mirado por um biscoito simpático que traz a forma de um coração no meio, e... click! :c)

Foto e texto: Dantas

Marcadores:


terça-feira, 10 de agosto de 2010